O Professor do Futuro...
"Para ensinarmos um aluno a inventar precisamos mostrar-lhe que ele já possui a capacidade de descobrir" (palavras do filósofo-poeta Gaston Bachelard).
O professor, como os artistas, provoca o amor pelo conhecimento, um amor que já existia em nós, mas estava adormecido.
O professor, como os profetas,desencadeia um processo de descoberta pessoal que, por sua vez, ativa nosso poder criador. Desencadear é retirar o cadeado.
O professor do futuro (e do sempre) deve ensinar, no presente, não o método que passa (e até faz passar...), mas a alma que permanece.
Deve ensinar, não a única resposta certa em meio à múltipla desescolha, mas a capacidade de cometer erros criativos, de ver que um fracasso, didaticamente, vale mil sucessos.
Ensinar, não a opção correta, a única porteira pela qual a boiada passa, de cabeça baixa, para o matadouro, mas a coragem de pular no escuro (se for preciso), e com os olhos abertos.
Transmitir, não o conhecimento mastigado, a ração, mas despertar no aluno a vontade de mastigar por conta própria, de usar a razão, de saborear conhecimentos tradicionais e inéditos.
O professor do futuro ensina, não o caminho das pedras, mas o amor às pedras que existem em todos os caminhos.
Suas aulas são poéticas, proféticas.
Não hipnotizam, acordam. Não cansam, desafiam. Não anestesiam, fazem refletir.
O professor inspira confiança, inspira o desejo de chegarmos a ser deuses.
O professor do futuro torna o futuro mais real que a banal ilusão... Desilusão que alguns chamam de realidade.
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