Leituras da Madrugada

segunda-feira, setembro 25, 2006

O problema não é reprovar, é não aprender!!!

O problema não é reprovar, é não aprender

A aprendizagem é eminentemente social. Aprende-se em grupo e com um grupo. Não aprender é desgarrar-se desse grupo. É desprender-se de um corpo, com todo o sofrimento que isso comporta. Portanto, o sofrimento de não aprender é o que importa e não o de ser reprovado. Há algo ainda mais brutal e grave por detrás destas determinações de não reprovar nas primeiras séries das escolas públicas - é consagrar a idéia de que há alunos de classes populares que são menos capazes que os de classes média e alta, uma vez que estes se alfabetizam com seis anos. E, com isso, consagra-se uma criminosa injustiça e uma tremenda segregação, a de não confiar na inteligência de todos e a de não apostar que todos podem aprender
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ESTHER PILAR GROSSI( Doutora em psicologia da inteligência pela universidade de Paris)
Bem inteessante esse texto do jornal zero Hora de Sábado(23/09/2006) onde é questionado o início da 1ª série aos 6 anos...
Tenho acompanhado o drama de se ficar dependendo das leis "da hora" para se ter um filho aceito na escola pública ... Num ano não se ter 6anos e noves meses em março indicaria pré-Escola, já no outro, 1ª série... Ainda mais essa história de 1ª série "A"...primeira série "B"..com certeza a confusão criada pela transição da lei gera na criança uma ansiedade e uma desconfiança sobre a importância de se estar na escola e para quê.

quarta-feira, setembro 20, 2006

O Dia Da minha Pátria:20 de Setembro!!!


Adoro o meu Rio Grande do Sul!!

segunda-feira, setembro 11, 2006

Aprender... sempre e mais...


"(...) um professor que consegue manter seus alunos motivados tem ganha metade da batalha."(Maria Aparecida Mamede-Neves)
Em minhas Leituras da Madrugada, tomo a liberdade de transcrever parte de um belíssimo artigo feito pela Professora Me. Suzana Gutierrez em:"
Weblogs e educação: contribuição para a construção de uma teoria"
No capítulo três do artigo há citações maravilhosas as quais quero registrar aqui para que não as esqueça:
  • " Formar-se como professor é aprender a ser professor e, no dizer de Paulo Freire(2002b, p.81), é “aprender ao aprender a razão de ser do objeto ou do conteúdo”. Aprender a ensinar é reconhecer a razão de ser do ato de ensinar, é compreender a sua dimensão criativa. O ensinar é indissociável do aprender e materializa-se na vida do professor, que aprende transforma-se, ensina e transforma. Tanto para Freire (1983, 2002a,b) como para Triviños (2003) este ensinar imbricado com o aprender subentende a busca, a pesquisa, a disciplina intelectual e o rigor na construção do conhecimento, aliado a curiosidade e a criatividade.
  • "Aprender implica desconstruir uma informação verificando as suas relações, seu contexto e significados, comparando, testando e produzindo sentido. Um movimento que se dá, dialogicamente, entre investigadores críticos no ato cognoscente. (FREIRE, 1983) Um sentido que, para Bakhtin (2000, p.386, destaque do autor), “é potencialmente infinito, mas só se atualiza no contato com outro sentido (o sentido do outro), mesmo que seja apenas no contato com uma pergunta no discurso interior do compreendente. [...]”. Um sentido que não existe como sentido solitário ou como sentido inicial ou final, pois é um sentido que se insere entre sentidos, na rede de
    sentidos.O conhecimento que faz sentido é concreto, contextual e histórico, é dialético, movimento que não cessa. É conhecimento construído socialmente, na ação do indivíduo ao construir sua própria existência. Esta construção social se encontra, também, na teoria de Vygotsky (1989, p.18) onde ele afirma que “o verdadeiro curso do desenvolvimento do pensamento não vai do individual para o socializado, mas do social para o individual”. No diálogo com o outro e posteriormente consigo mesmo originamse as primeiras manifestações da reflexão lógica. Um processo de reconstruir
    internamente uma atividade externa que Vygotsky (1984) chama de internalização."
  • " Construir conhecimento implica num movimento de auto-organização da própria cognição. Auto-organização que consiste na inclusão da organização própria como uma variável que é mantida constante por um sistema. Esta capacidade de auto-organização é
    mobilizada em situações de desequilíbrio, no sentido de criar uma nova situação de equilíbrio. Neste processo, é necessário que haja a interação, pois sem ela não há espaço para a auto-organização e para a vida (PRIGOGINE, 1996)."

Apesar do pouco tempo, tenho feito grandes descobertas ...

Andréia